Chamo-me Gracinda Mateus e sou voluntária da Atlas, para além disto são também catequista.
Poderão questionar o que uma coisa tem a ver com a outra. No meu caso tudo. Enquanto catequista pretendo que os meus catequizados tenham um conhecimento da realidade que os rodeia, para além, claro, de colocarem em prática os ensinamentos de Jesus. E que melhor maneira é que há, que o voluntariado?
Assim, em outubro de 2021 tornei-me voluntária da Atlas, na Marinha Grande, para que os meus catequizandos também possam ser voluntários. Ah, mas assim vai obrigá-los! Não! Nunca obriguei nenhum a fazer voluntariado, porém muitos quiseram e acompanharam-me na distribuição de refeições e na entrega de lembranças no Natal. Fizeram-no só por fazer? Não! Fizeram-no e depois refletimos sobre a realidade que cada um vivenciou… alguns ficaram chocados com as condições (falta de condições) com que alguns idosos vivem, outros gostaram tanto do que fizeram que quiseram continuar a fazer e são agora também eles (neste caso elas) voluntários.
O que podemos retirar destas experiências, de um pequeno grupo de adolescentes/ jovens?
Primeiro, ao contrário daquilo que muitas vezes se diz, os jovens estão despertos para o voluntariado e para a ajuda ao próximo, mas se não forem ajudados a colocar a sua vida ao dispor do outro não o fazem. Muitas vezes há que ser o adulto a dar o primeiro passo e dizer: Eu faço isto, também queres fazer/experimentar? Se não formos nós a dar esse passo, muitas vezes estes adolescentes acabam por ficar no seu cantinho, pois não são incitados a fazer algo diferente.
Como catequista posso dizer que estou muito orgulhosa destes miúdos, pois deram um passo na sua vida importante, não ficaram indiferentes, querem ajudar o próximo, querem fazer a diferença e com eles alguns pais também querem ajudar. Não estamos a mudar o mundo, mas estamos a ajudar jovens a deixar o mundo um pouco melhor!
Autora:
Gracinda Mateus
Professora e catequista.
Resido e trabalho na Marinha Grande, onde sou voluntária nos Velhos Amigos.
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