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O Momento em que a Alimentação Começa a Definir a Nossa Longevidade


“Em que momento a alimentação começa a definir a nossa longevidade?”

Foi com esta questão que a Professora Cátia Pontes, Professora Adjunta da Escola Superior de Saúde do Politécnico de Leiria e Coordenadora da Licenciatura em Dietética e Nutrição, iniciou o Encontro ao Serão sob o mote “Viver bem até aos cem”. Foi no passado 19 de outubro no Edifício da Resinagem da Marinha Grande, aonde ocorrerem 48 voluntários da Atlas.

Começámos por ser surpreendidos com a importância dos primeiros 1111 dias das nossas vidas, que começam na pré-conceção e vão até ao 2º ano pós-parto. Estes 1111 dias dizem-nos que há uma programação metabólica nesta fase que terá impacto na nossa saúde muitos anos depois. E foi-se falando da alimentação ao longo das diferentes fases do ciclo de vida desde a adolescência, que é um ponto crítico para a prevenção da osteoporose, passando pela menopausa, período em que diminui o metabolismo basal pelo que se deve diminuir a ingestão de alimentos, e chegando até aos centenários. Indagada a plateia com a questão: “O que é que caracteriza os centenários?”, a preletora deu-nos a resposta:

  1. Estilo de vida ativo;
  2. Habilidade natural para combater o stress;
  3. Predisposição genética;
  4. Baixo consumo calórico.

Então não é que os mais longevos comem menos do que precisam? De facto, as comunidades mais longevas do planeta (Península Nicoya – Costa Rica, Okinawa – Japão, Sardenha – Itália, Loma Linda – Califórnia) têm hábitos alimentares comuns, como baixo consumo de proteína animal em detrimento de maior ingesta de frutas, hortícolas, leguminosas e frutos oleaginosos. Além disso, estes longevos centenários têm atividade física diária, sem tabaco, têm uma vida espiritual e uma vida social.

Acabámos a falar da Roda dos Alimentos Mediterrânica, um padrão alimentar que, a ser seguido, nos faz viver mais anos.

Gostei muito deste Encontro ao Serão: da abordagem do tema, da preletora que nos fez estar atentos do princípio ao fim, e dos voluntários da ATLAS que se mostraram atentos e muito participativos no momento final aberto à discussão da plateia.

Lanço aqui o repto aos voluntários e amigos da Atlas da área das Ciências da Nutrição a participarem como preletores de outro Encontro ao Serão ou como articulistas da newsletter da ATLAS, agora que se encontra em discussão pública o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2022-2030.

Trata-se de uma aposta na promoção de uma alimentação saudável e na modificação dos comportamentos individuais, de modo a que nos tornemos ci­dadãos mais capazes de fazer escolhas alimentares saudáveis. Quem agarra os desafios?

Autora:

Irene Primitivo

Membro da Direção da ATLAS. Voluntária nos Velhos Amigos em Leiria

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