A Atlas como ponto de viragem na minha vida
Quem me conhece sabe que sou uma pessoa muito ativa, dedicada ao associativismo e ao voluntariado, com uma paixão pela aventura, nunca estou parada. Mas nem sempre foi assim. Aos 13 anos, fui diagnosticada com ansiedade social. Mal saía de casa, evitava lojas, faltava às aulas e tinha ataques de pânico, só de imaginar interagir com pessoas. Após anos a sentir-me presa na minha própria cabeça, decidi que não podia continuar a viver escondida. Se queria alcançar os meus sonhos, tinha de enfrentar a vida de frente.
O meu primeiro passo foi a Atlas, através do projeto “Velhos Amigos”. Lembro-me de procurar no Facebook associações em Pombal, pois, já que tinha de interagir com pessoas, queria que fosse por uma causa maior. Foi então que encontrei a Atlas… e fez-se luz. Começar não foi fácil. Recordo-me de chorar nos dias antes do voluntariado, de tão nervosa que estava. Mas quando me encontrava com os beneficiários e com outros voluntários, sentia algo raro para mim até então: pertença. Não só estava a contribuir para a comunidade, como estava a crescer ativamente como pessoa.
À medida que ganhava coragem, comecei também a passar tardes na sede e a participar em outros eventos. Estava nervosa, sim, mas sentia-me orgulhosa por enfrentar a ansiedade e estar rodeada de pessoas tão queridas. A Atlas tornou-se um porto seguro que me permitiu crescer imenso. Esta confiança permitiu que, com tempo, fosse enfrentando mais desafios e integrando mais projetos. Hoje, aos 21 anos, olho para trás e quase não acredito no caminho percorrido. Já fui vice-presidente de uma associação, representei uma organização portuguesa no estrangeiro, participei em projetos e equipas incríveis, construí amizades para a vida e lancei as bases para o futuro com que sempre sonhei.
Sou profundamente grata por todas as experiências que vivi aqui. Sempre que me perguntam como é que consigo ser resiliente e abraçar tantos desafios, respondo: comecei na Atlas. O voluntariado é algo verdadeiramente belo: ajudamos os outros, mas também nos ajudamos a nós.
Muito obrigada por me receberem.

Autora: Joana Job


Comments(2)-
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- Dora Birrento em A Atlas foi à Rádio para se dar a conhecer- A solidariedade também passa pelas ondas da rádio
- dora r. em Tempestade lá fora, amizade cá dentro – Quando se partilha na Atlas cresce-se junto!
- Belinha em “Onde há fragilidade, a Atlas constrói força, onde há silêncio, dá voz, onde há escuridão, acende luz.”
- Ana Paula Cordeiro em Atlas no Jardim do Cardal: BioArtes e Bodo
- Ana Paula Cordeiro em “De volta ao Gungo, em Angola, os médicos de Leiria em nome da Atlas levam nas mãos a cura e no coração a solidariedade, trabalhando para transformar dor em esperança e construir pontes que atravessam fronteiras.”
Ana Paula Cordeiro says
Setembro 7, 2025 at 3:55 pmObrigada Joana por partilhares tudo isto connosco, é uma honra para a ATLAS!
Belinha says
Setembro 13, 2025 at 10:39 pmBrutal e, é verdade 💪🏻❤️
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