Reformei-me muito cedo, aos 39 anos. Durante algum tempo, ocupei os meus dias com trabalho voluntário, muito ligado aos idosos, porque sempre gostei muito de lidar e cuidar dos idosos. Mas quando o deixei de fazer, acabei por me recolher e ficar por casa.
Foi por acaso que descobri a ATLAS, costumava passar pela sede antiga e como via movimento e pessoas lá dentro, um dia decidi entrar… foi uma situação muito inesperada, mas fui tão bem recebida que comecei a vir todas as semanas. Foi nessa altura que começámos a fazer as peneiras.
Algumas pessoas já conhecia, outras fui conhecendo ao longo do tempo. Hoje em dia fico sempre à espera da quinta-feira (dia das atividades), é praticamente o único dia da semana que eu tenho, porque sei que há uma motivação para sair de casa, se não for fazer a minha caminhada não saio de casa.
Aqui partilhamos novidades umas das outras, conversamos… é o convívio e o lanche.
Um dos momentos mais memoráveis para mim aconteceu no ano passado, no dia do meu aniversário. Nunca tinha celebrado o meu aniversário antes. Nesse dia levei um bolo e a D. Adelaide foi ao jardim dela apanhar rosas para me oferecer. Ainda hoje tenho a fotografia do ramo no meu telemóvel. Chorei o tempo todo, não conseguia parar as lágrimas.
Nunca me vou esquecer…

Autora: Georgina Neves, 72 anos


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- Dora Birrento em A Atlas foi à Rádio para se dar a conhecer- A solidariedade também passa pelas ondas da rádio
- dora r. em Tempestade lá fora, amizade cá dentro – Quando se partilha na Atlas cresce-se junto!
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Ana Paula Cordeiro says
Setembro 7, 2025 at 4:02 pmEstas frases dizem-nos que temos de continuar com as tardes de actividades, pois fazem de facto diferença nestas vidas de solidão.
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