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LudicIDADES – novo projeto da ATLAS

LudicIDADES foi um Projeto vencedor do Prémio BPI Fundação ”la Caixa” Seniores 2023.

Presidente do Júri do Prémio BPI | Fundação La Caixa Seniores 2023, Professor António Barreto, e Voluntários da ATLAS, na Cerimónia de Entrega do Prémio

Este novo Projeto da Atlas, que terá início em 2024, visa a incorporação de atividades lúdicas com jogos terapêuticos não digitais com vista a diminuir a solidão e o isolamento dos idosos e a melhorar a sua qualidade de vida, facilitando o processo de socialização, comunicação e expressão da criatividade. Ao mesmo tempo, “LudicIDADES” pretende diminuir a depressão nos idosos e a promover interações intergeracionais nas quais os idosos vêm agregar saber e experiência de vida e   os jovens  uma perceção de maior valorização do papel dos idosos e de compreensão do processo de envelhecimento.

LudicIDADES assenta em Metodologias Participativas dos idosos (criação de Jogos e reminiscências de vivências lúdicas desde a infância à velhice atual) em ambiente de partilha intergeracional, contemplando 3 componentes distintas:

  • Laboratório de Jogos (Oficinas de Literacia para o Jogo; Oficinas de Co-criação em ambiente intergeracional; Oficinas de Prototipagem e Oficinas de Experimentação);
  • Ateliers de Escrita Biográfica auto-referida (resgate por meio de narrativas orais das memórias de infância sobre o brincar e reflexão sobre o lúdico na vida atual do idoso) e
  • Ateliers de Jogos – espaço de lazer com os Jogos criados e outros Jogos sérios (digitais e não digitais) em ambiente intergeracional.
    Prémios BPI Seniores 2023 da Região Centro

    LudicIDADES, no seu nome, remete-nos para a consciencialização de que a ludicidade é inerente à vida humana, independentemente da idade que se tenha, e que deve ser valorizada na velhice pois contribui para fortalecer as redes de relações sociais, facilitar a criatividade e a livre expressão, dar novas possibilidades de vivência e participação do idoso na sociedade.

    LudicIDADES constitui-se, pois, uma inovadora intervenção da Atlas com vista a mitigar a solidão das pessoas idosas que vivem em situações de solidão não desejada e isolamento social.

    Como voluntária/o da ATLAS, terás oportunidade de participar nos Ateliers de Jogos e de Escrita. Basta estares atento à nossa rede social, e dares um pouco do teu tempo e afeto aos nossos idosos.

    Autora:

    Irene Primitivo Bingre

    Voluntária da ATLAS

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    Margarida Martins

    Desde outubro, que tenho o privilégio de ser a coordenadora do projeto Velhos Amigos no concelho de Alcobaça.

    É chegada a hora de me apresentar, chamo-me Margarida Vinagre Martins, tenho 34 anos, sou natural da Benedita e a minha formação académica é em Gestão de Informação – Nova IMS.

    Como cheguei ao voluntariado e dentro do voluntariado porquê o relacionado com pessoas mais velhas?

    Estudei no Externato Cooperativo da Benedita e sempre que me foi possível integrei as equipas de voluntariado do Sorriso Amigo, esta instituição dedica-se a ajudar as famílias carenciadas dos seus alunos.

    Quando ingressei na Universidade Nova de Lisboa, fiz voluntariado com uma instituição de acolhimento de jovens, mais tarde quando iniciei a minha vida profissional tive sempre atividades de voluntariado, que as empresas onde trabalhei e na onde trabalho, fomentavam.

    Tendo percorrido várias áreas dentro do voluntariado, há, contudo, uma, a dos idosos, que me toca particularmente. Porquê?

    Por questões familiares. Nasci num ambiente familiar onde sempre houve muito contacto entre as várias gerações e pela relação próxima com a minha avó materna, a minha avó Xica.

    Eu cresci, sempre com os meus avós apresentes e sempre senti como é bom envelhecer com todas as gerações.

    -Sabendo que Portugal é o país da EU que envelhece mais rapidamente…

    -Sabendo que as dinâmicas familiares mudaram muito, o que leva a uma diminuição dos laços familiares, quando existem, e que muitas vezes impendem a prestação de cuidados entre gerações…

    -Sabendo que muitos idosos, apesar de tudo, escolhem ficar em casa o máximo de tempo possível…

    -Sabendo que a capacidade de mobilidade física, devido a doenças, ou apenas associado ao natural envelhecimento, existe e com tendência a aumentar…

    -Sabendo que tudo isto contribui para um isolamento forçado…

    Assim, projetos como este, são cada vez mais essenciais nesta sociedade moderna, pois o isolamento dos velhos amigos é cada vez mais um desafio.

    Isolamento social é o oposto da interação social ou falta de interação social e, por isso, representa uma situação em que a pessoa tem um grupo muito restrito, algumas vezes nenhum, de relacionamento.

    Assim, o objetivo deste projeto para mim é apoiar as pessoas nas suas necessidades, alocando o nosso tempo e as nossas habilidades ao seu dispor todos os sábados de forma a diminuir o seu isolamento social.

    Para concretizarmos os nossos objetivos, convêm salientar e, agradecer, os contributos de algumas pessoas, empresas e organizações que nos apoiam, em particular no concelho de Alcobaça, como os restaurantes: Bigodes, Silvia by Simplesmente e Caldeira, 3 restaurantes da freguesia da Benedita que nos ajudam semanalmente a entregar refeições aos nossos beneficiários.

    Gostaria ainda de agradecer a outras empresas que colaboram sempre que possível neste concelho como é o caso, da Relgráfica, Benecar, José Marques Mateus, Luis Gerardo eletricidade, Sapatarias Fernando,Ju Oculista, Carpel, Profiserv, entre outras.

    Ser voluntário neste projeto é inevitavelmente “meter a mão na massa”, ser voluntário é mais do que querer ajudar é preciso saber trabalhar em equipa, ter iniciativa, ser comunicativo, estar motivado e ser empático…

    Ser voluntário faz a diferença e é uma boa forma de exercermos a cidadania.

    A construção de um país mais acolhedor, mais incluso para os mais velhos começa em cada um de nós.

    Para todos os Bom Natal e lembrarmo-nos de que: “Não faz bem à saúde visitar determinados familiares só no Natal. O que faz bem é visitá-los o mais possível” (Kristen Rogers)

    Autora:

    Margarida Vinagre Martins

    Coordenadora do Projeto Velhos Amigos no concelho de Alcobaça.

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    Velhos São os Trapos -finalista a Prémio

    Na sequência da avaliação efetuada pelos membros do júri do Prémio de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na Região Centro, a Boa Prática intitulada Velhos São os Trapos, é uma das finalistas na categoria Vida+ Participação.

    Isto significa que a prática Velhos São os Trapos irá ser destacada no 10.º Congresso Envelhecimento Ativo e Saudável da Região Centro, a realizar no dia 12 de dezembro de 2023, no Convento São Francisco, em Coimbra, data em que se fica a conhecer o Vencedor.

    Este evento resulta de uma colaboração entre os Consórcios Ageing@Coimbra e AgeINfuture, contando com o apoio institucional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

    Autora:

    Irene Primitivo Bingre

    Voluntária na Atlas em Leiria.

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    Aconteceu e Vai Acontecer…

    • Batalha

    No âmbito do Projeto Velhos Amigos na Batalha, assinalámos o dia do Bolinho, com a entrega de bolos a todos no dia 1 de novembro. Esta iniciativa teve o apoio da Padaria João Fragoso e Fialho. Igualmente com o apoio da empresa PANIDOR e a preciosa ajuda dos nossos voluntários, foi distribuído pão por todos os beneficiários com a periodicidade bimensal.

    Ocorreu no dia 11 de novembro o encontro dos voluntários da Batalha, numa sessão dinamizada pelas nossas Técnicas abordámos o compromisso dos voluntários, as novidades dos nossos projetos em todos os municípios e como o voluntariado junto dos beneficiários Velhos Amigos combate o idadismo.

    O mês de dezembro vai começar em festa, com a participação no almoço de confraternização da família Atlas.

    • Coimbra

      No dia 11 de novembro houve uma Oficina de Decorações de Natal com beneficiários e voluntários.

      Nos dias 9 e 10 de dezembro vamos participar no mercado de Natal do seminário.

      No dia 12 de dezembro, a prática “Velhos São os Trapos” irá ser destacada no 10.º Congresso Envelhecimento Ativo e Saudável da Região Centro, a realizar-se no Convento São Francisco, em Coimbra. Neste dia, será conhecido o vencedor do Prémio de Boas Práticas de Envelhecimento Ativo e Saudável na Região Centro.

      • Leiria

      Nos dias 8, 9 e 10 de dezembro, haverá um “Mercadinho Solidário” entre as 11H30 e as 22H30 exceto no dia 19 que será até às 18H30.

      Estão abertas inscrições para voluntários que possam participar em turnos de 2H30, e inscrições oferta de para oferta de doces e salgados junto da coordenadora de Leiria, Isabel Guimarães ou das técnicas da ATLAS.

      • Pombal

      No dia 2 de dezembro realiza-se um almoço de Natal na Quinta da Concha, em que são convidados os idosos beneficiários dos projetos da ATLAS, Velhos Amigos, Velhos São os Trapos e Radices, voluntários e técnicas que durante todo ano acompanham com dedicação esta população, atenuando o seu isolamento social.

      Por questões logísticas que não foi possível ultrapassar, neste dia apenas estarão reunidas as cidades de Batalha, Leiria, Marinha Grande e Pombal.

      No dia 4 de dezembro, assinalando o dia do Voluntário, 5 de dezembro, realiza-se um Workshop “A importância do trabalho voluntário” no Mini-auditório do Teatro-Cine de Pombal pelas 15h.   

      O evento contará com a presença e participação de Eugénio Fonseca e Alfredo Abreu, Presidente e Vogal da Confederação Portuguesa do Voluntariado, respetivamente.

      É uma atividade que tem por objetivo de valorizar e incentivar o serviço voluntário. A entrada é livre e gratuita.

      No dia 8 de dezembro, uma equipa de voluntários da ATLAS vai participar numa caminhada organizada pela Associação Dimitri Francisco, como cartaz abaixo.

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      BioArtes

      BioArtes é um projecto comunitário dinamizado pela Associação de Artesãos de Pombal-ADAP e Junta de Freguesia e Pombal, resultando num conjunto de actividades e exposições, estando implícitos vários conceitos como Cultura, Ecologia e Tradição.

      Em 2023 a 4ª edição, realizou-se no sábado 30 de setembro e domingo 1 de outubro. A ATLAS este ano solicitou participar e teve em exposição e venda as suas criações dos projectos Velhos São os Trapos e RADICES.

      Foram 2 dias com elevadas temperaturas, todavia a BioArtes fez acontecer 2 tardes espetaculares.

      A tenda da ATLAS estava localizada próxima do palco onde actuaram os Ranchos e Grupos de Concertinas e próximo do Coreto onde se realizaram vários Workshops, permitindo que as nossos Velhos Amigos que nos vieram visitar, também assistissem às actuações e participassem nomeadamente no Workshop sobre Origame 3D.

      Participar nestes eventos é importante porque divulgamos a ATLAS e os seus projectos, angariamos alguma verba e criamos o pretexto para os Velhos Amigos saírem das suas casas.

      Mas, tudo isto só é possível com o envolvimento e dedicação dos nossos voluntários, desde a preparação, montagem e decoração da tenda, presença em turno e acompanhamento de idosos até no transporte.

      Estivemos envolvidos neste calorento mas agradável fim de semana 26 voluntários, nos quais se incluem os que entregaram refeições. Bem-haja a todos nós!

      Uma nota de agradecimento à ADAP e JFP por nos receberem e acarinharem.

      Autora:

      Ana Paula Cordeiro

      Voluntária e Coordenadora da ATLAS em Pombal

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      O “Meu Ano”

      O “meu” ano começou há pouco… para mim, setembro é recomeço. Depois dos dias longos, cheios de luz e calor, depois das férias partilhadas com a família e os amigos, depois dos tons de azul do céu e do mar, chega uma nova paleta de cores (amarelo, laranja, acobreado, castanho). A cadência suave com que cada folha muda a sua cor até à dança vagarosa que a leva a poisar na terra… assim pode ser a nossa “dança interior” entre reflexões, lembranças, projeções. No recomeço do trabalho, dos compromissos, da rotina é uma boa altura para repensar, com tranquilidade, nos objetivos que nos guiam.

      Vale a pena definir objetivos? Vale! Eles podem orientar o nosso comportamento, as nossas escolhas. Mesmo que todos os anos existam objetivos que “teimam” em não se concretizar? Sim, mesmo que cheguemos à conclusão de que teremos de “mudar”, ou seja, de ter alguma flexibilidade ou desenvolver mais competências ou apenas tenhamos de definir os objetivos de outra forma.

      Para qualquer objetivo, seja simples ou mais complexo, a forma como está definido (a descrição da tarefa que é necessário realizar; o tempo estipulado para a concretizar; etc.) é relevante para melhor avaliar o nosso progresso e saber quando estamos prestes a alcançá-lo.

      Então, como definir um objetivo de forma eficaz? Um objetivo deve ser específico (em vez de descrever algo de forma genérica ou subjetiva); deve ser realista (algo que se enquadre na minha realidade e não algo de um contexto idealizado); deve ser alcançável (algo que seja possível atingir, ou seja, cujo resultado dependa de mim e não de outras pessoas); deve ser mensurável (um comportamento que possa ser medido, que possa ser concretizado em determinado valor); e deve ser enquadrado no tempo (que tenha uma duração ou que seja balizado num intervalo de tempo).

      Por exemplo, ter como objetivo pessoal “Melhorar o meu bem-estar” será mais viável se o objetivo for reformulado para “Aumentar a sensação de descontração, fazendo, pelo menos, uma caminhada de uma hora, ao fim-de-semana, durante dois meses consecutivos”.

      Para objetivos complexos (como “Aumentar o rendimento mensal”) é importante compreender se estamos a definir uma grande meta em vez de delinear pequenos passos que são necessários para lá chegar. Os pequenos passos são mais fáceis de monitorizar, conseguiremos perceber se estamos a progredir, se estamos a avançar no caminho, concretizando etapas até ao objetivo maior. Caso contrário, enquanto não alcançarmos a meta, o sentimento será de ineficácia e alguma frustração, o que pode até não fazer jus ao esforço e às etapas alcançadas ao longo do trajeto. Além disso, nessa monitorização das etapas intermédias até ao objetivo final, teremos oportunidade de rever a estratégia usada e experimentar outra, se necessário.

      E quanto ao tamanho da lista de objetivos? Se for demasiado extensa, teremos a nossa atenção dispersa por várias ações / tarefas / empreitadas. Estipular objetivos em função de prioridades vai levar-nos a aumentar o foco. Dessa forma usaremos os nossos recursos, o tempo, o compromisso e esforço de forma direcionada, o que aumenta a possibilidade de alcançar os objetivos!

      Autora:

      Sofia Carruço

      Psicóloga e Voluntária na Atlas em Leiria.

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      Vai Acontecer…

      • Em Pombal

      O III Encontro de Voluntários do Concelho de Pombal, sábado 28 de Outubro no Lar da Cumieira. A organização deste evento é do Banco de Voluntariado “Dar as Mãos” e entidades parceiras.

      • Em Pombal

      O Dia Internacional do Voluntariado, 5 de Dezembro, vai ser assinalado no Mini Auditório do Cine Teatro em Pombal na 2.ª feira dia 4 de Dezembro, com um Workshop, para o qual foi convidada a Confederação Portuguesa do Voluntariado.

      Foto do I Encontro (2019)
      Foto do II Encontro (2022)
      • Em Leiria

      A Professora Marlene Rosa, fundadora e coordenadora do projeto de inovação social “AGILidades” (Marca Registada do IPL), convidou a ATLAS para prelecionar numa disciplina na Escola Superior de Saúde, do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), dirigida a alunos finalistas de fisioterapia. 

      A Irene, a Sara e a Patrícia aceitaram o repto, e no dia 2 de novembro irão abordar o tema” O Voluntariado como elemento de empregabilidade”, dando a conhecer os Projetos da Atlas e fazendo um apelo à prática de uma cidadania ativa através do voluntariado.

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      Inês Bártolo

      Nasci numa pequena Vila da Beira Alta, Sátão, no Distrito de Viseu. Rodeada de serra, de rio e, principalmente, de pessoas, fui aprendendo a observá-las e a conhecê-las, pelas entranhas. No ensino secundário, segui pelo que fazia ressonância em mim, as Letras e Humanidades. Foi então em Coimbra que me permiti também desconstruir e construir de outras formas, com as ferramentas que já levava de outrora. Licenciei-me em Ciências Psicológicas na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e foi também aí que tirei o Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde Psicopatologia e Psicoterapias Dinâmicas. Participei em várias formações de Terapia de Grupo, Psicodrama, Teatro, Formação Intensiva de “Contratransferência na Clínica Psicanalítica”, orientada pela Sociedade Portuguesa de Psicanálise. Estagiei no Centro de Respostas Integradas de Coimbra, onde juntamente com equipas compostas por psicólogos, psiquiatras, técnicos de serviço social, enfermeiros, assistentes operacionais, profissionais dos serviços administrativos e seguranças, pudemos dar respostas perante problemas de dependências, tanto pelo acompanhamento do sujeito dependente como também à sua família, amigos, rede profissional, trabalhando de forma cooperativa, cuidada e multidisciplinar que permitiu contribuir beneficamente para o alívio mental, físico e social de variadíssimas pessoas. Para além das questões académicas e profissionais, tive sempre um papel ativo no movimento associativo, na vida coletiva da cidade e das aldeias ao redor, integrando vários grupos e movimentos, projetos políticos com vontade de construção de um mundo novo, mais justo e solidário. Artisticamente, escrevo porque sonho e porque é real; Participei em workshops de construção de instrumentos, workshops de teatro (ligados à Psicologia), Oficinas de Cante Alentejano, Oficinas de Harmonização, Oficinas de Percussão. Fui membro da Desconcertura (Tuna Mista da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra), assim como do InterDito (Grupo de Expressão Dramática da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra). Sou membro da Comissão Promotora do Centro Artístico, Cultural e Desportivo Adriano Correia de Oliveira e do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra). É neste grupo que me ligo cada vez mais às raízes do nosso país, das nossas pessoas, das nossas tradições e da nossa cultura popular, pilar de comportamentos, emoções e formas de estar e existir. Faço parte de vários grupos de música: Colmeia; Cordas ao Vento; La Colheita; entre outros. É nesta partilha de conhecimentos, do olhar sobre as coisas e pessoas não enquanto seres estáticos, mas enquanto seres e objetos em transformação, que me movo. Diria que me apaixono constantemente pelas pessoas, pelas dores, pelas angústias, pelas alegrias, pela crueza e, principalmente, pelas possibilidades.

      Autora:

      Inês Bártolo

      Psicóloga Clínica, Licenciatura em Ciências Psicológicas e Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde Psicopatologia e Psicoterapias Dinâmicas, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. Estagiou na área das dependências no Centro de Respostas Integradas de Coimbra; Membro do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra) e membro da Comissão Promotora do Centro Artístico, Cultural e Desportivo Adriano Correia de Oliveira.

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      Mariana Jorge

      Ao longo do meu processo de estágio foram várias as situações que me marcaram a nível profissional e pessoal na Associação ATLAS-People Like Us, desta forma fica o meu agradecimento a todas as pessoas que fazem parte da ATLAS-People Like Us em especial a todos os beneficiários que me acolheram de uma forma indescritível.

      Foi no contacto com estes beneficiários que percebi a importância de uma simples conversa, por vezes andamos tão atarefados que não nos apercebemos das necessidades de quem nos rodeia, não referindo apenas as necessidades básicas, mas acima de tudo a necessidade de uma conversa para combater a solidão, assim fazer parte da ATLAS faz com que sinta que o meu dever de responsabilidade social esteja a ser cumprido.

      A ATLAS tem um papel fundamental na vida destes beneficiários. Se não fosse esta associação o que seria destas pessoas? Será que tinham alguém ou estavam completamente sós em suas casas à espera que o relógio da vida de cada um acabe? Espero que esta reflexão faça com que olhem para o mundo do voluntariado de forma diferente e da importância do mesmo, tal como me aconteceu ao longo desta experiência enriquecedora como estagiária desta associação.

      Autora:

      Mariana Jorge

      Natural da Lourinhã, finalista do TeSP – Intervenção Social e Comunitária do IPL, estagiária na Atlas (estágio curricular).

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      Dia da Espiga

      Na azáfama das cidades já pouco se faz notar, mas, como todas as tradições, este dia de celebração da Espiga tem muito significado!

      Era uma festa pagã, em jeito de agradecimento pelas primeiras colheitas do ano. A Igreja Católica acolheu esta festividade e associou-a à celebração religiosa da Ascensão (subida de Jesus Cristo ao céu), definindo que o dia da Espiga seria quarenta dias após a Páscoa.

      Quando a vida se pautava pelos dias longos, de trabalho, no campo, era neste dia (feriado) que as famílias, pela manhã, colhiam as flores para compor o raminho. Assim:

      • a papoila, simbolizando o amor e a vida
      • a espiga (de um cereal) simbolizando o pão
      • o malmequer, como símbolo do ouro e da prata (a fortuna)
      • a flor de oliveira simbolizando a paz (a pomba da paz traz um raminho de oliveira no bico)
      • a flor de videira como símbolo de alegria (o vinho que bebemos em momentos de alegria)
      • o alecrim, planta resistente, simbolizando a saúde

      A tradição manda pôr o raminho, pendurado, atrás da porta de casa, onde permanece até ao ano seguinte, para garantir que se cumprem os bons desejos que ele simboliza!

      É uma tradição que nos liga à Terra, ao trabalho da agricultura, à fertilidade da Primavera!

      Autora:

      Sofia Carruço

      Psicóloga e Voluntária na Atlas em Leiria

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