Quando queremos falar sobre o projeto Velhos Amigos vêm muitas ideias à nossa cabeça.
Começou em Coimbra, em 2009, com 2 equipas (4 idosos) e foi crescendo devagar, com muitas oscilações. Hoje, em Coimbra, tem 15 equipas e mobiliza muitos voluntários. Só é possível com a ajuda destas pessoas (voluntários) que saem de suas casas ou dos seus trabalhos para partilharem um pouco de tempo, com o outro. Só é possível, também, porque há restaurantes que, mesmo em tempos difíceis, doam generosamente uma ou mais refeições.
Não se esgota no levar a refeição!
Há o acompanhar às consultas, o fazer compras, o ajudar em pequenos consertos e até a passear o cão. Há o lembrar-se do aniversário, o levar um miminho, o telefonar a meio da semana. Há a certeza que o idoso tem alguém que vai atender o telefone quando for preciso.
Este projeto não é essencial, mas…
Se o Projeto Velhos Amigos não existisse, a solidão seria mais triste e mais amarga para muitos idosos que vivem sós.
Já é clássico dizer-se que fazer voluntariado traz muita satisfação pessoal, que é mais gratificante para o voluntário do que para a pessoa que visitamos, e outras coisas parecidas. Mas é difícil descrever a alegria que se sente quando vemos, no outro, um sorriso nos lábios ou um olhar brilhante assim que entramos na sua casa. E não será a relação o mais importante da vida? E não será o serviço e o fazer feliz o outro que darão sentido à vida?
Estou grata por ser voluntária da Atlas desde o início. Estou grata por pertencer a esta família.
Agora, com mais responsabilidade na gestão da Atlas, quero ter a sabedoria de ser capaz de mobilizar mais pessoas para fazerem com que o voluntariado faça parte das suas vidas.
Bem hajam a todos!
Autor: Raquel Pina
Vice-Presidente da ATLAS – People Like Us, voluntária do Projeto Velhos Amigos desde 2009 e um apoio fundamental na coordenação do projeto em Coimbra. Na ATLAS tanto a conseguimos encontrar a organizar as faturas como a cozinhar para os Velhos Amigos, incansável!
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