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Iniciar um caminho de esperança por um mundo com mais dignidade 

Desde o início da minha caminhada na área de Serviço Social, os meus primeiros contactos com a realidade social estiveram essencialmente ligados à infância e juventude, por acreditar que é nesta fase do ciclo de vida que reside a chave para quebrar ciclos de exclusão e risco, promovendo mudanças essenciais no percurso de vida destas crianças e jovens.

Atualmente, decidi abraçar um novo desafio, integrar o estágio profissional na ATLAS – People Like Us. Neste novo capítulo, abro espaço para conhecer e intervir junto de um público distinto, a população idosa.

Este novo contacto tem-me levado a refletir sobre as semelhanças entre a infância e a velhice.

Apesar de à primeira vista, parecem etapas distantes, na verdade, estão mais próximas do que imaginamos, ambas são fases de maior vulnerabilidade, de dependência e, muitas vezes, de invisibilidade, ambas pedem cuidado, atenção e presença e, acima de tudo, são momentos em que o outro faz toda a diferença.

O que vivemos na infância deixa marcas profundas que nos acompanham até à velhice, sejam elas de afeto ou de ausência, muitas das dores silenciosas dos idosos de hoje têm raízes numa infância sem rede, sem escuta, sem proteção, é por isso que vejo o ciclo de vida como uma linha contínua onde todas as fases se entrelaçam. Acredito fielmente que olhar para o ciclo de vida de forma integrada é essencial, uma vez que todas as fases estão interligadas, e o impacto de cada uma repercute-se nas seguintes. É assim, fundamental, promover uma atuação que reconheça essa continuidade, valorizando cada etapa com a consciência de que o que hoje construímos será, inevitavelmente, o reflexo do amanhã.

Acredito que integrar a ATLAS será uma oportunidade única para continuar a crescer, não só como profissional, mas também como pessoa, sendo uma entidade que ressoa fortemente com aquilo em que acredito enquanto assistente social, de que é possível promover mudanças reais na vida das pessoas, desde que exista compromisso, criatividade e ação coletiva.

Autora:
Daniela Ferreira

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Atlas no Jardim do Cardal: BioArtes e Bodo

O mês de julho trouxe à cidade de Pombal muito mais do que sol e festa. Trouxe também partilhas únicas, reencontros com o que nos move e, acima de tudo, comunidade.

A Atlas marcou presença em dois momentos especiais no coração da cidade: a feira BioArtes, nos dias 12 e 13 de julho, e as emblemáticas Festas do Bodo, nos dias 24 a 29 de julho, ambas as presenças no belo Jardim do Cardal.

A feira BioArtes, uma iniciativa da Freguesia de Pombal e da ADAP – Associação de Artesãos de Pombal, foi um convite à descoberta de talentos e causas. Lado a lado com artesãos, famílias e visitantes, os nossos voluntários partilharam tanto arte como o propósito da Atlas. Entre peças criadas pelos nossos beneficiários nos projetos “Velhos são os Trapos”, “Radices” e “Ludicidades”, e entre notas de música e reencontros com amigos, houve espaço para mostrar como a arte pode ser ponte, diálogo e expressão.

Assim que as luzes da feira se apagaram, mal houve tempo para descansar o coração, porque logo chegaram as Festas do Bodo, esse momento tão identitário da cidade. É claro que a Atlas regressou, uma vez mais, ao Jardim do Cardal. Desta vez, com os já famosos beijinhos e cavacas da Confeitaria Vale Lda, que se tornaram símbolos doces de memórias e afetos partilhados.

Foi bonito ver como tanta gente se aproximava, alguns por curiosidade, outros por saudade, muitos pelo simples prazer da conversa. Muitos saíram da nossa barraquinha com um sorriso no rosto, um doce na mão e um coração cheio.

A cada conversa travada, a cada gesto solidário, sentimos que a missão da Atlas não é só nossa, mas também de todos os que se aproximam e escolhem caminhar connosco. A banca da Atlas, nestes dias, foi um pequeno refúgio onde havia sempre espaço para a conversa, empatia e festa.

Por isso devo dizer a todos os que passaram, contribuíram, perguntaram, sorriram: muito obrigado.

Autora:

Joana Job

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ENCONTRO AO SERÃO NA MARINHA GRANDE 

Grande, desta vez para falar sobre as “Chegadas e Partidas das Pessoas Migrantes” ao nosso país, num ambiente descontraído e amigável.

É uma realidade a chegada de pessoas migrantes que vêm para Portugal à procura de uma vida melhor. Nos últimos anos, tem-se verificado uma migração significativa proveniente de vários países, principalmente devido às guerras. No entanto, numa perspetiva positiva, com a introdução de outras línguas e culturas, no nosso encontro falámos sobre o que está a ser feito no Agrupamento de Escolas da Marinha Grande.

Estiveram presentes o Presidente do Agrupamento, Professor Cesário Silva, e outros professores. Foi apresentado um projeto muito interessante, que promove a interação entre professores, alunos e pessoas de outras línguas, com vista à inclusão.

Já faz parte do projeto uma cidadã indiana, que também esteve presente e nos falou sobre a dificuldade em aprender a nossa língua. No entanto, com muito esforço, tem conseguido ultrapassar esse desafio. Hoje, sente-se integrada e apoiada.

Para terminar, devo dizer que devemos ajudar os migrantes a integrarem-se na nossa sociedade e nas escolas. É uma forma muito importante de aproximar pais e filhos e de fortalecer os laços entre as pessoas.

Foi um serão muito interessante e descontraído.

Autora:

Preciosa Soares

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Agenda de Julho 2025

📌 Sessões do Projeto Radices

  • Leiria: 10 e 25 de julho
  • Marinha Grande: 1, 8, 15, 22 e 29 de julho
  • Pombal: 3, 10, 17, 24 e 31 de julho

📅 12 e 13 de julho:

  • 🛍️ BioArtes – Mercado de Produtos Locais e Artesanais de Pombal

📅 25, 26, 27 e 28 de julho:

  • 🎉 Festa do Bodo – Pombal

📅 26 de julho:

  • 📚🤝 Atividade Solidária – “Troca de Livros por Bens Alimentares”
  • 📍 Intermarché da Marinha Grande
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Realização das “Taças- Todos artesãos, Criamos Afetos” na Marinha Grande

“Os espelhos são usados para ver o rosto: a arte para ver a alma.”, (George Bernard Shaw)

No passado mês de maio, iniciámos a produção de uma peça artística, cocriada pelos beneficiários de Pombal e pelos alunos da Escola Secundária de Pombal. Esta iniciativa surge no âmbito do Projeto Radices, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, através do Core-Funding do programa Democracia e Sociedade Civil.

Partilho com vocês um pouco da minha experiência nas sessões dinamizadas na delegação da Marinha Grande. É incrível a forma como os nossos idosos se desafiam a cada novo projeto ou atividade que lhes é proposta. Neste projeto em específico, é de salientar a importância do inventar e do criar, e como, com o auxílio das suas mãos “cheias de histórias”, vão construindo peças únicas e irrepetíveis.

“Todos Artesãos Criam os Afetos” é o lema escolhido para decorar a caixinha que contém esta belíssima obra de arte, criada pelos idosos das delegações de Pombal, Leiria e Marinha Grande. Alguns exemplares já foram vendidos na FIABA e nas festas da cidade da Marinha Grande.

E, olhando para este bonito lema, apraz-me dizer que a veia artística que transborda em cada um deles faz-nos realmente perceber o quão bonito é conseguir transmitir afetos e sentimentos através da arte. A arte é, de facto, a linguagem da alma.

A satisfação deles é visível nos seus sorrisos, à medida que vão criando peças bonitas e especiais. Uma das nossas artesãs, a D. Sebastiana, tendo incapacidade visual, sente toda a arte que vai criando apenas com o auxílio do tato.

E assim, dia após dia, sessão após sessão, vamos despertando todos os sentidos — e despertando, em nós e em quem nos rodeia, uma vontade cada vez maior de criar, descobrir e enfrentar esta jornada que é a vida.

Autora:

Rafaela Pereira

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Memórias com sentido

O encontro no Café Memória, no passado dia 18 de junho, juntou pessoas que ali estavam com um propósito: conhecer a Associação ATLAS, esta grande organização que coopera e serve a comunidade, pautada por valores humanos — de pessoas para pessoas.

Foram algumas dessas pessoas que nos abriram a porta do Café Memória no dia do piquenique, tema que deu origem ao primeiro passatempo: “O que levarias para um piquenique?”

Não faltou nada: croquetes, pastéis de bacalhau, fruta, doces, sumos, água, vinho, mantas, chapéu de sol (e o resto fica à vossa descrição). Acima de tudo, não faltou a vontade de partilhar com todos, culminando num pequeno lanche oferecido pelos patrocinadores do Café Memória.

O segundo momento do encontro foi a apresentação da associação ATLAS, que promove e dá vida a projetos “diferentes”. Tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais através da exibição de um pequeno grande filme sobre os “Velhos Amigos” do concelho de Pombal.

Após esta apresentação, iniciou-se a atividade lúdica: deitar para fora e revelar o artista que há em nós. Cada participante, individualmente ou em grupo, deu o seu melhor — e o mais importante — sem preocupações, sem medos, com tempo, sem “stress”. O resultado foi uma tarde bem passada, com pessoas diferentes, mas todas iguais.

Agradeço a todos por esta oportunidade e lanço o desafio: deixem a vossa zona de conforto, abracem estas iniciativas e, quem sabe, façam a diferença — como voluntários.

O tempo que se dá aos outros é devolvido em forma de felicidade, agradecimento, afetos e realização.

Um bem-haja, ATLAS!

Autora:

Margarida Gonçalves

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Cativar os jovens para causas nobres e humanitárias através do testemunho da Atlas

“Através desta partilha, conseguimos lançar sementes de consciência social e espírito solidário — valores essenciais numa verdadeira educação para a cidadania.”

Enquanto voluntária da ATLAS – People Like Us e professora de Cidadania, senti o desejo de aproximar os alunos da realidade do voluntariado e da ação social. Foi assim que nasceu a ideia de convidar a delegação de Pombal da ATLAS para uma sessão especial com as turmas do 4.º ano, no Centro Escolar de Pombal, no dia 11 de junho de 2025.

Esta sessão teve como principal objetivo dar a conhecer o trabalho desenvolvido pela ATLAS — uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que atua na comunidade através da promoção do voluntariado e da cooperação.

Contámos com a presença das representantes da instituição: Patrícia Silva e Sara Dias (assistentes sociais), e Ana Paula Cordeiro (coordenadora da delegação de Pombal e também voluntária), que partilharam com os alunos o coração e a missão da ATLAS – People Like Us.

Durante a atividade, refletimos em conjunto sobre questões fundamentais, como:

  • “O que é necessário para sermos felizes?”
  • “O que falta a quem vive noutras realidades?”
  • “O que podemos fazer, mesmo sendo pequenos, para ajudar a mudar o mundo à nossa volta?”

Vi nos alunos curiosidade, empatia e vontade de participar. Através desta partilha, conseguimos lançar sementes de consciência social e espírito solidário.

Grata a todas pela ajuda! Que possamos repetir nos anos que estão para vir.

Autora:

Lília Costa

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Festas da Marinha Grande: a alegria de servir e partilhar

As Festas da Cidade da Marinha Grande foram, este ano, mais do que um palco de celebração cultural e popular—foram também um espaço de encontro com os valores que verdadeiramente unem uma comunidade: a solidariedade, o compromisso e o serviço ao outro.

A Atlas fez-se presente através do seu grupo de voluntariado local, e a sua participação não passou despercebida. Com sorrisos sinceros e uma energia contagiante, nomes como Cidália Carvalheiro, Anabela Botelho, Marta Gameiro e Tânia Botelho (na foto), bem como a sempre dedicada Dora Birrento — ausente apenas momentaneamente — e outros colaboradores generosos, deram corpo e alma à missão desta organização.

Estiveram ali não só para angariar alguns fundos, mas sobretudo para mostrar, com o seu exemplo, aquilo que de mais belo a Atlas representa: o dedicar-se aos outros.

Em cada gesto, em cada conversa, em cada sorriso partilhado com quem passava, estava presente o verdadeiro espírito do voluntariado. Um espírito feito de escuta, presença e entrega.

Ao longo dos dias festivos, foram muitos os que se aproximaram, alguns por curiosidade, outros por empatia, e muitos por reconhecimento do trabalho que esta equipa incansável tem vindo a desenvolver. A banca da Atlas, mais do que um simples ponto de venda ou informação, tornou-se um pequeno espaço de humanidade no meio da festa: um lugar onde se trocavam palavras com sentido, onde se semeava esperança.

Ver o voluntariado da Marinha a representar a Atlas nestes festejos é, acima de tudo, ver a prova de que quando se trabalha com coração, as causas tornam-se visíveis e inspiradoras. Num tempo em que o mundo tantas vezes precisa de ser relembrado da importância do cuidado mútuo, é reconfortante saber que há quem, de forma tão simples e generosa, mantenha essa chama acesa.

A todos os que participaram: o nosso mais profundo agradecimento. Levaram a Atlas às festas, mas levaram também humanidade, alegria e esperança. E isso, por si só, é já uma festa dentro da festa.

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Arraial Solidário: Um Encontro de Corações ao Serviço da Missão da Atlas

28 de junho | Jardim do Visconde – Barreira, Leiria

Foi no coração do Jardim do Visconde, na Barreira, que a Atlas viveu mais um dia memorável. O Arraial Solidário, realizado no passado dia 28 de junho, voltou a reunir amigos, voluntários e comunidade em torno de uma causa maior: celebrar o espírito do voluntariado e dar a conhecer, por dentro e por fora, o pulsar generoso desta associação.

Para Helena Vasconcelos, responsável máxima da Atlas, este evento é “um momento montado para fora, para os amigos e comunidade e para dentro, para responsáveis e voluntários. Ao partilhar este trabalho sentimo-nos mais unidos e conectados, sendo uma forma de mostrar o que é a Atlas aos nossos amigos e à comunidade.”

E foi mesmo isso que se viveu: entre barracas de petiscos, tasquinhas e ateliês, cada gesto trouxe à superfície a alma da Atlas,  uma alma feita de entrega, partilha e cuidado com o outro.

TESTEMUNHOS QUE TOCARAM:

Na cozinha, Pedro Dinis resumiu o espírito com simplicidade: “Fazer o bem a mim próprio e ajudar o próximo.”

Na barraca dos doces, Isabel Guimarães ofereceu mais que guloseimas: “Ajudar o próximo e contribuir para uma causa nobre, isso faz-me muito feliz.”

Na tasquinha do bar, Rafael Rico revelou: “Foi um dia especial, gratificante por poder ajudar os outros.”

Na tasca dos petiscos Isabel Gregório, lembrou com convicção: “Só faz sentido a nossa passagem por cá, se pudermos fazer alguma coisa em benefício dos outros, nomeadamente os mais vulneráveis.”

No espaço do “porco no espeto”, Nuno Lopes partilhou com orgulho: “Estou aqui há 4 anos e faço isto por gosto da Atlas.”

Num dos momentos mais ternos do dia, o atelier “Brincando com o Ludicidades”, dinamizado por Irene Primitivo, proporcionou sorrisos e memórias a quem mais precisa: “Dinamizar as pessoas com jogos e fazê-las regressar à infância.”

E foi nesse regresso que Maria Irene Catarino, uma idosa participante, se emocionou: “Sinto-me feliz e muito satisfeita em estar aqui, agora que estou sozinha.”

Sofia Carriço na quermesse não escondia a satisfação e a felicidade por poder estar ali a ajudar. Novidade na quermesse, mas uma aprendizagem, para o futuro.

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Um Dia Especial na Atlas – Arraial Solidário Encheu Corações e Sorrisos

O passado fim de semana ficou marcado por um momento especial na Atlas – Associação de Cooperação para o Desenvolvimento, com a realização do Arraial Solidário, uma iniciativa que juntou voluntários, famílias e amigos (muitos amigos) num ambiente de partilha, alegria e compromisso solidário. Entre bancas com petiscos, jogos tradicionais, música ao vivo e atividades para todas as idades, o arraial transformou-se num verdadeiro ponto de encontro da comunidade em torno de uma causa maior: apoiar os projetos de voluntariado da Atlas.

O espírito voluntário esteve presente em cada detalhe, desde a montagem do espaço ao serviço de refeições, tudo foi assegurado com dedicação por uma equipa que acredita que pequenas ações geram grandes mudanças.

Houve também tempo para testemunhos inspiradores de voluntários que partilharam as suas experiências no terreno, revelando o impacto real da missão da Atlas na vida de muitas pessoas.

Mais do que uma festa, o Arraial Solidário foi um dia vivido com o coração “uma lembrança” de que juntos é possível construir um mundo mais justo e mais humano. Foi um abraço coletivo, um gesto de esperança e um retrato vivo daquilo que é possível quando o bem comum se torna prioridade.

Na Atlas, dias assim não se medem em horas, mas em laços criados e ficam gravados no coração de quem dá e de quem recebe.

Autor:

Américo Oliveira

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