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Retalhos de uma Vida

Tem 82 anos e está amargurada numa cama de ferro, afundada no meio do colchão, de onde se levanta com o auxílio do filho de 51 anos, que vive e trata dela. Recebe uma reforma de 260 € e o filho, obeso por força de alguma inatividade e da alimentação possível, faz alguns biscates de construção civil,

Casou e enviuvou prematuramente, aos 36 anos, com seis filhos nos braços e à mesa.

Não sabe ler nem escrever porque, aos 14 anos e no tempo da ditadura, já partia pedra para pavimentar a estrada que vai da Cova ao cimo da serra.

Vive, por ironia, no caminho da Cova de Cima, no mesmo casebre de há 50 anos, com sala de jantar, dois minúsculos quartos inabitáveis, o quarto onde dorme o filho, e a cozinha.

É a construção mais despojada e triste da cidade, com paredes de tijolo simples e telha sobre estrutura de madeira com forro de “platex”. Aos 38 graus no exterior correspondem, pelo menos, 42 no interior. No inverno imagina-se o frio e a humidade.

Mas, nesta crueza, pode ser transportada para uma cadeira no fim dos dias da alta primavera e verão, onde fica a sonhar e talvez chorar, com a belíssima tela do Atlântico quase eterno aos pés.

A infância e a adolescência transformaram-na numa lavradeira à hora, de quinta em quinta, de quintal em quintal, um dos quais foi o dos meus pais, onde aparecia logo de manhã, sorridente, com olhos azuis de outro mundo, chapéu de palha e botas de borracha.

Quando a visito, recorda, com saudades, os meus pais, e fica comovida quando a beijo no rosto marcado por inúmeras feridas do carcinoma de pele de que o chapéu não salvou.

Paga 100 euros de renda por ano e acaba de receber uma carta a atualizá-la para 50 por mês, com a velada ameaça de despejo.

A nossa democracia, de quase meio século, é incompatível com este abandono cruel.

                                         Até sempre Dª Rosa.

Autor:

João Nina

João Nina, nasceu em Angola em 1951. Licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo IST/UL em 1975, pós-graduação em Engenharia Humana pela Universidade do Minho.

Professor do ensino secundário, V.N. de Azeitão. Técnico do GAT do Vale do Lima, da CCDRN e da UM. Sócio-gerente da empresa de engenharia Domotec.

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“O Velho que Eu Vou Ser Amanhã, Comecei a Ser Ontem”

O envelhecimento demográfico é um ganho civilizacional importante e deve ser tratado como tal.

Temos de lutar em conjunto por um futuro melhor para todas as idades A solução, para o idadismo, é mudar as mentalidades e atitudes. Como?  Vou dar alguns exemplos:

  1. A começar nas escolas: andamos a falar há décadas dos malefícios do tabaco, do sexo desprotegido, da importância de ter uma alimentação saudável. Temos: Guias da DGS, programas Nacionais nestas áreas; programas de educação para a cidadania: os ismos como o racismo já estão a ser trabalhados nas escolas há muito tempo. Mas o idadismo não tem sofrido grande contestação social. É mesmo um conceito desconhecido na sociedade. É preciso que nas escolas se ensine a respeitar os idosos.
  2. Cidades para todas as idades:
    • a) Um guia sobre o que devem ter as cidades amigas dos idosos:
    • b) Nas ruas, deverão ser colocados bancos para as pessoas se poderem sentar quando andam a pé e
    • c) Deverá haver casas de banho públicas para enfrentar os obstáculos da idade.
    • d) Os transportes públicos deverão ter todos fácil acesso, com piso rebaixado, degraus baixos e bancos largos e elevados. 
    • e) Calçadas, têm um impacto óbvio na capacidade de locomoção do idoso. 
    • f) Condomínios de idosos geridos pelos próprios.
  3. Soluções de intergeracionalidade: outra das soluções em que se está a apostar pelo mundo é juntar jovens e pessoas mais idosas. Esta solução tem sido um caminho que a ATLAS tem seguido e que ultimamente tem incrementado: com o Projeto dos Velhos Amigos Tecnológicos (treino cognitivo em tablets e com o Projeto, Velhos São Os trapos – ateliers de cocriação de peças artesanais com jovens designers.

Vemos assim que é possível desenvolver uma sociedade para todas as idades, através de:

  • educação para a velhice- Porque esse percurso é feito ao longo da vida.
  • Cidades para todas as idades. espaços públicos seguros, inclusivos, caminháveis,
  • Intergeracionalidade(s) – promoção de contactos entre jovens e pessoas idosas.

É absolutamente necessário tornar explícito que o idadismo é inconstitucional e representa uma afronta a direitos humanos fundamentais, tal como outro tipo de ameaças mais estudadas como o racismo e o sexismo.

Temos de aceitar a velhice de uma forma natural; ela deve ser encarada de forma consciente e construtiva.

Eu, na ATLAS, estou empenhada em combater o idadismo, através do Projeto MEXE-TE.

Fique atenta(o) a próximas newsletters, para saber o que da sua parte pode fazer nestas ações da ATLAS.

Autora:

Irene Primitivo

Voluntária da ATLAS no Projeto Velhos Amigos em Leiria. Membro da Direção

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Adolescentes e Voluntariado

Chamo-me Gracinda Mateus e sou voluntária da Atlas, para além disto são também catequista.

Poderão questionar o que uma coisa tem a ver com a outra. No meu caso tudo. Enquanto catequista pretendo que os meus catequizados tenham um conhecimento da realidade que os rodeia, para além, claro, de colocarem em prática os ensinamentos de Jesus. E que melhor maneira é que há, que o voluntariado?

Assim, em outubro de 2021 tornei-me voluntária da Atlas, na Marinha Grande, para que os meus catequizandos também possam ser voluntários. Ah, mas assim vai obrigá-los! Não! Nunca obriguei nenhum a fazer voluntariado, porém muitos quiseram e acompanharam-me na distribuição de refeições e na entrega de lembranças no Natal. Fizeram-no só por fazer? Não! Fizeram-no e depois refletimos sobre a realidade que cada um vivenciou… alguns ficaram chocados com as condições (falta de condições) com que alguns idosos vivem, outros gostaram tanto do que fizeram que quiseram continuar a fazer e são agora também eles (neste caso elas) voluntários.

O que podemos retirar destas experiências, de um pequeno grupo de adolescentes/ jovens?

Primeiro, ao contrário daquilo que muitas vezes se diz, os jovens estão despertos para o voluntariado e para a ajuda ao próximo, mas se não forem ajudados a colocar a sua vida ao dispor do outro não o fazem. Muitas vezes há que ser o adulto a dar o primeiro passo e dizer: Eu faço isto, também queres fazer/experimentar? Se não formos nós a dar esse passo, muitas vezes estes adolescentes acabam por ficar no seu cantinho, pois não são incitados a fazer algo diferente.

Como catequista posso dizer que estou muito orgulhosa destes miúdos, pois deram um passo na sua vida importante, não ficaram indiferentes, querem ajudar o próximo, querem fazer a diferença e com eles alguns pais também querem ajudar. Não estamos a mudar o mundo, mas estamos a ajudar jovens a deixar o mundo um pouco melhor!

Autora:

Gracinda Mateus

Professora e catequista.
Resido e trabalho na Marinha Grande, onde sou voluntária nos Velhos Amigos.

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Um Passeio à Beira-Mar

Na tarde de 21 de Setembro, fomos dar um passeio à beira-mar. Foi um momento muito especial para todos nós.

Depois de termos reunido os nossos Velhos Amigos nas carrinhas respetivas, seguimos rumo à Praia Velha. Aí, começou a animação. A voluntária Fátima levou a sua viola, e assim, cantámos e recordámos canções bonitas. Era clara a felicidade nos sorrisos dos nossos amigos.

Conversámos, rimos e dançámos. Naquele lugar, estava presente uma atmosfera de amor, amizade, carinho, companheirismo e alegria.

Chegou então a hora do lanche, e aí degustámos uns pastéis de nata muito bons da Fábrica do Pão. Que maravilha! Depois do lanche, aproveitámos para sentir a leveza da areia nos nossos pés e molhá-los no rio.

No regresso a casa, era notório o contentamento nas caras dos nossos idosos, e também, nas suas palavras de satisfação.

Aproveito para refletir um pouco, com vocês, para quem escrevo, sobre a importância de fazermos o bem a quem é especial e importante na nossa vida. Por vezes, ouve-se dizer “Não somos nada neste mundo”; “A vida são dois dias”. Em certa parte, concordo. Contudo, acredito que pudemos ser muito mais se nos agarrarmos aos bons momentos e às boas pessoas que temos na nossa vida. Podemos não ser nada, comparados com a dimensão do mundo, mas podemos ser tudo na vida das pessoas. E, neste caso em especial, sei que a Atlas desempenha um papel muito especial na vida dos Velhos Amigos.

E pertencendo a esta família bonita, a Atlas, a cada dia que passa me apercebo mais de que: podemos transformar vidas com a nossa luz positiva e natural. Pensem nisso, porque todos nós temos um propósito e uma missão nesta caminhada.

Aproveitemos tudo o que a vida nos dá, fazendo o melhor que sabemos. Sempre com um grande sorriso na cara. E gratidão. Obrigada Atlas.

Abraço solidário,

Autora:

Rafaela Pereira

Voluntária da ATLAS no Projeto Velhos Amigos em Leiria.

Sou a Rafaela, tenho 29 anos e vivo na Marinha Grande, onde sou voluntária dos Velhos Amigos.
Faço parte desta associação há três anos. Lembro-me que, desde o primeiro momento em que a Dora me apresentou a instituição, os seus projetos e o seu propósito, eu fiquei de imediato, cativada e entusiasmada de puder vir a pertencer à mesma.
Considero-me uma pessoa dinâmica, solidária, amiga do seu amigo, que gosta de sorrir e fazer rir os outros, simples e acima de tudo genuína.

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A idade é só um número?

Quantas idades temos? Nós temos diferentes idades.

  1. Idade cronológica: há quanto tempo habitamos a Terra; é a do Cartão de Cidadão.
  2. Idade biológica refere-se à qualidade de saúde; quantos anos parece que temos.
  3. Idade psicológica é a idade mental; é uma idade emocional que tem a ver com o funcionamento cognitivo (memória, aprendizagem).
  4. Idade social está relacionada com o modo como somos catalogados nos papéis sociais – tipicamente estudante, idade ativa e reforma – que têm pouca base fisiológica.

Eu fiz o teste: a minha idade biológica é diferente da minha idade psicológica. Então quando dizemos quantos anos temos, é caso para perguntar: Quantos quer? Quantos dá? A idade cronológica é um rótulo que é mais pesado à medida que os anos avançam. A este rótulo podemos chamar IDADISMO – atitude preconceituosa e discriminatória com base na idade.

Este tipo de discriminação está surpreendentemente difundido. Vivemos numa sociedade grisalha. Somos um país a envelhecer a uma velocidade alarmante, e em vez de considerarmos o envelhecimento como uma conquista civilizacional (que o é) somos TODOS (políticos, famílias, nós cidadãos) levados a pensar e a sentir que o envelhecimento é um problema (para o Estado Social, para as famílias). E não nos preparamos para a velhice. Somos idadistas.

O idadismo existe: na publicidade; nos locais de trabalho: (nos anúncios de emprego); nas escolas e universidades; na televisão e no cinema e na linguagem que utilizamos no dia a dia, por vezes a um nível inconsciente (os mais velhos são logo associados a pessoas dependentes, dementes e doentes). Fazemos com que os mais idosos velhos se sintam acabados, sem pensar duas vezes.

O certo é que somos muitas vezes INDIFERENTES e esta indiferença é gravemente culposa e coletiva. A grande ironia é que este tipo de “ismo”, potencialmente, irá afetar todos e cada um de nós, independentemente da raça, sexo e da religião., sendo, de facto, uma discriminação contra nós próprios deferida no tempo.

Precisamos de Combater o IDADISMO, e isto é também refletir sobre a forma como encaramos o nosso envelhecimento. Temos de mudar o olhar com que vemos a velhice nos outros, mas acima de tudo o nosso próprio processo de envelhecimento. Porque, cada um de nós vai ser o próximo velho.

É disto que vos escreverei em próxima newsletter: Como combater o idadismo.

Autora:

Irene Primitivo

Voluntária da ATLAS no Projeto Velhos Amigos em Leiria. Membro da Direção

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A máquina de costura da minha avó

A máquina de costura da minha avó Emília, daquelas antigas (preta, de ferro, com letras douradas) faz parte da mobília da minha casa, contrasta com o papel de parede moderno. Desde a década de 40 que esta máquina trabalhou, nas mãos da minha avó. Depois também a minha mãe a usou e em seguida as minhas tias. Quantas histórias guarda aquela gavetinha das linhas e das tesouras?

Lembro-me, com carinho,

da minha avó costureira, que me ensinou a pregar botões e pedia a minha ajuda para enfiar a linha no buraco da agulha, enquanto trocava os óculos “de ver ao longe” pelos de “ver ao perto”;

da minha avó cozinheira, que punha o arroz branco no prato, em forma de montanha, e no cume, os bocadinhos de bife, já cortados, enquanto o avô perguntava se para ele também seria assim;

da minha avó camponesa, que cavava a terra com a sua enxada e para mim arranjou um sachinho para plantar as minhas batatas;

da minha avó vendedeira, no mercado, que pesava as suas frutas… e eu quantos pesos valia? E logo ela me respondia;

da minha avó lavadeira, a lavar roupa no tanque do pátio, enquanto eu esperava pela hora de tirar a tampa e ver a água a escorrer;

da minha avó criadora de animais, que me pegava ao colo para entrarmos no galinheiro, porque tinha medo de ser bicada pelo galo;

da minha avó companheira de conversa e riso, à noite, enquanto o avô pedia para estarmos em silêncio;

da minha avó reservada, que, quando dormia comigo, vestia a “combinação” só depois da luz apagada;

da minha avó atarefada, mas cuidadora, que sempre que ouvia “Ó avóóóó” respondia “Uuuuuuu”, para eu saber onde a procurar.

No dia 26 de julho celebrou-se o Dia dos Avós. Na minha infância não havia este dia, era nas nossas brincadeiras e afazeres que nos celebrávamos!

No frenesim das nossas vidas são importantes as gerações mais velhas, com alma cheia de experiência de vida e corpo que lhes pede serenidade, podem ser âncoras que nos dão estrutura e confiança para o futuro.

Autora:

Sofia Carruço

Psicóloga e Voluntária na Atlas – People Like Us, em Leiria

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Festas do Bodo em Pombal

As Festas do Bodo em Pombal foram uma realidade este ano de 2022 e durante 6 dias trouxeram de volta a habitual animação à cidade.

Estas festas contemplam uma vertente religiosa, cultural e tradicional com
mostras das diferentes freguesias do concelho de Pombal, e um vasto programa de animação com a realização de espetáculos de rua e nos diferentes palcos da cidade (Largo do Arnado, Jardim do Cardal, Praça Marquês de Pombal e Largo da Biblioteca).

A origem das festas é muito remota, e estará associada a uma lenda, assim contada no site do Município de Pombal:

“Conta-nos então a tradição que, uma praga de gafanhotos e lagartas afligiu os pombalenses, invadindo ousadamente as suas habitações, contaminando os alimentos, e até caindo em nuvem dentro dos vasos onde as mulheres levavam a água, obrigando ao uso de um pano para a coar. Esta vexação era tão insuportável que obrigou o povo a ir à Igreja de S. Pedro, então Matriz da Vila, e aí principiarem uma procissão de preces, que acabou na Capela de Nª Sr.ª de Jerusalém. Realizou-se missa cantada, prometendo-se uma festa, se esta os livrasse de tão grande calamidade.”

“A Senhora de Jerusalém rápido atendeu os rogos e súplicas do povo aflito, porque na manhã seguinte já o terrível inimigo tinha evacuado os campos e as searas. Reconhecido o milagre, celebrou-se nova missa solene em ação de graças pelos benefícios recebidos, ajustando-se desde logo as festas para o ano vindouro.”

No ano seguinte, D. Maria Fogaça, Senhora de posses e muito devota, toma por sua conta o total dispêndio da festa religiosa e manda confeccionar dois grandes bolos, que pela sua grandeza, ao serem deitados no forno, um, ficou mal colocado. Um criado da casa, invocando o nome da Sr.ª de Jerusalém, atreveu-se a entrar rapidamente no forno, consertou-o e saiu ileso. Tal facto foi logo encarado pelo povo, como um novo milagre.

A festa com bolo (que se designou por “fogaça”) para o povo, passou a ser realizada todos os anos.

Estará a expressão “Bodo aos pobres” relacionada com as Festas do Bodo? Não sei dizer!

Mas se a origem das Festas do Bodo invoca uma lenda, a venda de Cavacas e Beijinhos tem origem na “história de um amor improvável” entre um português transmontano emigrado no Brasil e uma bela húngara fugida da 1.ª guerra mundial, que aqui se fixaram, rendidos ao encanto de Pombal e à hospitalidade das suas gentes, fazendo a venda do seu fabrico, exatamente nas festas da terra, corria o ano de 1948.

A filha deste casal, D. Helena do Vale, através da sua empresa familiar Confeitaria Vale Ldª, tem mantido a venda de Cavacas e Beijinhos, no mesmo local, durante as Festas do Bodo, até que conheceram a ATLAS e o projecto Velhos Amigos e propuseram-se a ceder-nos o local e a logística para vendermos em exclusivo os Beijinhos e Cavacas de Pombal nas Festas do Bodo.

O local é estrategicamente bom, de boa visibilidade, é um local de passagem, sendo a oportunidade para levarmos a cabo uma simpática angariação de fundos e uma frutuosa divulgação da Associação ATLAS, a sua missão e os seu projectos, mostrando também aos nossos diversos parceiros, incluindo os nossos embaixadores, padrinhos e restaurantes solidários, a nossa gratidão pelo muito que têm ajudado.

Como em qualquer actividade da ATLAS People like us o mais importante são os Voluntários, a nossa maior riqueza, aos quais têm de ser dirigidas as mais sinceras palavras de agradecimento pelo empenho e presença, durante os vários dias das festas.  Aos voluntários de Pombal, juntaram-se voluntários e voluntárias coordenadoras de outras cidades, voluntárias da Direcção da ATLAS, num significativo e carinhoso apoio, que ficou no nosso coração.

É minha convicção de que quem participou nestas festas para o ano quererá voltar, ficando desde já o convite para que venham!

Autora:

Ana Paula Cordeiro

Voluntária, Coordenadora do Projeto Velhos Amigos em Pombal

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Festas do Bodo em Pombal

Três anos depois das fotos que em cima e na apresentação na página anterior acompanham este artigo, a ATLAS volta a marcar presença nas Festas do Bodo em Pombal, a decorrer de 28 de Julho a 2 de Agosto.

A cidade de Pombal prepara-se para as tradicionais Festas do Bodo, cujas diversas actividades e exposições, se estendem desde o Largo do Arnado à Praça Marquês de Pombal, passando pelo Jardim do Cardal, local onde a ATLAS vai estar representada por maravilhosos voluntários.

Estar num espaço tão nobre, só é possível pela cedência que a Confeitaria do Vale faz do seu histórico espaço de exposição, bem à entrada do Jardim.

O propósito é divulgar a ATLAS People like us de uma forma transversal à população, captando a interesse pelo voluntariado individual e empresarial, angariando fundos com a venda de diversos artigos de merchandise, de Beijinhos e Cavacas de Pombal, bem como de outras doçarias ou salgados preparados por vários amigos e voluntários.

Esperamos pela vossa visita e desde já o convite a quem queira ter uma participação activa na organização do evento.

O programa de espetáculos em https://www.festasdobodo2022.com

Autora:

Ana Paula Cordeiro

Voluntária, Coordenadora do Projeto Velhos Amigos em Pombal

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Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha

A FIABA – Feira de Artesanato e Gastronomia da Batalha, vai já na sua trigésima edição e tem como objetivos, promover o apoio a coletividades e associações do concelho, com presença na zona de restauração, espaços específicos afetos ao artesanato nacional e também a presença de instituições do concelho.

É neste último âmbito que a Atlas esteve presente entre os dias 15 a 19 de junho, a fazer a sua apresentação ao público pela primeira vez no Concelho da Batalha e a divulgar o Projeto Velhos Amigos que decorre na freguesia da Batalha desde 2021.

O momento de inauguração teve destaque na imprensa da região e contou com a animada presença da nossa Direção, Técnicas e Voluntárias.    O ambiente dos vários dias foi animado, com muito público presente no certame. Apesar da chuva, não houve desmotivação. Muitas pessoas da região passaram pelo nosso stand, algumas que já conheciam a Associação mas não a sua presença neste concelho. Outras colocando questões e até contactos para novos voluntários.

No stand houve a venda de produtos de merchandising Atlas, uma pequena quermesse com peças sobrantes do Arraial e de produtos generosamente oferecidos por voluntários da Marinha Grande e Pombal.

O agradecimento primeiro e especial aos voluntários da Batalha que incansavelmente estiveram muitas horas no stand, com entusiasmo e apoio incondicional, mas também a imprescindível participação de dois voluntários de Leiria, uma voluntária da Marinha Grande e das nossas Técnicas.

Autora:

Elizabeth Guerra

Voluntária, Coordenadora do Projeto Velhos Amigos na Batalha

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“O ARRAIAL”

O Arraial da Atlas é um evento anual, solidário, realizado no mês de Junho, o mês dos arraiais alusivos aos Santos Populares. O primeiro aconteceu em 2013, numa Quinta de uma amiga da Atlas, em Alcogulhe – Leiria, e os seguintes, até ao último, no passado dia 11 de Junho, no Jardim do Visconde, na Barreira – Leiria.

Este evento foi pensado para permitir a convivência entre os Voluntários da Atlas, destes com a comunidade, parceiros e beneficiários! Permitir, também, a divulgação da Atlas e o seu papel na sociedade onde está inserida, e ser uma forma de angariação de verbas para garantir a continuidade dos projetos que desenvolve! Pretende, igualmente, mostrar aos seus beneficiários que este evento é “deles”, “para eles” e como são importantes para a Atlas!

Para que o Arraial se realize, para a sua organização, é sempre necessário o envolvimento dos Voluntários, destacando-se, este ano, e mais uma vez, a importantíssima colaboração/coordenação geral da Voluntária Paula Campos, que organizou toda a logística, estabelecendo os contactos necessários com as empresas e pessoas que, amavelmente, ofereceram serviços e/ou bens! Nesta coordenação, a Paula Campos teve o excelente apoio da Voluntária Natália Marques. Os restantes Voluntários colaboraram/trabalharam em diferentes sectores da preparação do mesmo, como por exemplo sendo responsáveis pelos diversos pontos de venda, colaboraram com a oferta de bens alimentares para venda, na confeção de refeições, na decoração do espaço, na distribuição dos equipamentos para o funcionamento dos locais de refeições e de diversão!

O ambiente, durante todo o evento, foi muito agradável, animado por música e participação de vários cantores, rancho folclórico e grupo de cavaquinhos, sendo patente a boa disposição e convívio entre todos os presentes!

Para o sucesso deste evento foram muito importantes os parceiros e amigos da Atlas, que ofereceram bens alimentares para serem confecionados/preparados, sopas, pão, broa, pizzas, salgados/petiscos, bebidas, café e doces! Foi, igualmente, importante a sua ajuda na confeção das refeições, por isso, aqui fica a nossa gratidão a:

      – Talhos Almerinda, Restaurante o Casarão, Restaurante Matilde Noca, Quinta da Concha, Restaurante Pedro´s, Suinicomércio, Mr. Pizza, Fábrica do Pão, Intermarché de Pombal, Mercearia da Praça, Cesar Jorge Couto – Unipessoal, Lda, Unisilvas – Comércio e Fabrico de pão, Lda, Vidigal Wines, Novadis, Delta Cafés, Pastelarias Pires, Pastelaria Flórida, Padaria Ti Martins, Confeitaria do Vale, Pombal Doce, Pipocas em Casa, Câmara Municipal de Leiria, Junta de Freguesia de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, Paróquia da Barreira, Quanta Plásticos, Vasicol – Olaria de Barro Vermelho, Lda, Deartis – Comércio e Indústria de Cerâmica Artística, Lda, Matcerâmica,

      –  Rockschool – escola de música de Leiria, com a participação dos seus alunos Beatriz Castro, André Castro, Filipe Castro, João Barrela, Letícia Crespo e Matilde Crespo 

      – Filipa Neves e Bruno Lousada, Carolina Silva, Grupo de Cavaquinhos Musiordem, Grupo Coral dos Projectos de Vida Sénior e ao apresentador Rafael Tristães

Dado o exposto anteriormente, a Atlas está muito grata a todos os que contribuíram para a realização deste evento, esperando que esta contribuição/colaboração e entusiasmo se perpetuem, uma vez que, no próximo ano teremos mais um Arraial Solidário!

Autora:

Isabel Guimarães

Voluntária, Coordenadora do Projeto Velhos Amigos em Leiria

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